Arquitetura

Master Plans constituem mais um ramo de atuação do escritório de André Sá e Francisco Mota. Os dois arquitetos foram responsáveis, nos anos 90, pela concepção do projeto da “Costa do Sauípe”, grande empreendimento hoteleiro do país e maior complexo turístico da América do Sul na época. Localizado no litoral norte da Bahia, na região da Linha Verde, a 70 km da capital baiana, foi construído na Fazenda Sauípe – de propriedade da Construtora Odebrecht.

O complexo turístico Costa do Sauípe é formado por espaços hoteleiros, áreas comerciais, de lazer, entretenimento e prática de esportes, totalizando 141 mil metros quadrados de área construída, numa propriedade de 178 hectares que fez parte da primeira etapa de desenvolvimento de uma macro área com 1.780ha.

Composto por 1.650 quartos distribuídos em cinco hotéis (operados inicialmente pelas cadeias hoteleiras internacionais do Super Clubs, Marriott e Accor) e seis pousadas, o complexo turístico incorporou um clube de golfe em sua área de entretenimento, com um campo de 18 buracos, um clube eqüestre, um clube náutico e um clube de tênis com 14 quadras.

Aéreas

Outro viés fundamental é o ecológico, que não se resume a praia e ao mar, pois numa área de 1.750 hectares, apenas cerca de 10% do espaço é ocupado com construções, o restante é natureza. Houve a preocupação constante de preservar as belezas naturais e inseri-las ao conjunto construído de maneira que nenhum aspecto do ecossistema local fosse modificado.

O respeito e integração à paisagem natural também se traduz na altura das edificações: nenhuma construção do local tem altura superior a 14 metros. Este teto foi estabelecido após estudo da flora da região, que determinaram ser esta a altura máxima alcançada pela copa dos coqueiros. Os hotéis, por isso, possuem no máximo quatro pisos, o que impossibilitou a construção de casas de máquinas dos elevadores, que são movidos a pistão. Na fase de estudos preliminares, foram catalogados 2.374 coqueiros, o que reafirmou a necessidade de uma atenção especial com a implantação das edificações. Para cada coqueiro suprimido, foram plantados dois. Seguindo esta referência, os blocos de apartamentos dos hotéis foram implantados quase na cota natural do terreno. Em contrapartida, todos os acessos dos hóspedes (lobbies) sofreram uma pequena elevação para privilegiar a visão do oceano. As áreas de serviço e apoio hoteleiro, por sua vez, foram colocadas abaixo dos lobbies, para evitar o cruzamento dos setores.